domingo, 20 de setembro de 2015

ALGUNS PONTOS E VÍDEOS SOBRE O SISTEMA CAPITALISTA

O CAPITALISMO

Capitalismo tem seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade.
O feudalismo passou por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Entretanto, a elevada taxa de natalidade permitiu o aumento progressivo da população que, em 1500, era de aproximadamente 70 milhões de habitantes em toda a Europa, o que significava recuperar os níveis anteriores à Peste Negra.
Embora o povoamento fosse majoritariamente rural, havia ligeira tendência à migração da população para as cidades. No início do século XVI, algumas delas, como Nápoles, Paris, Sevilha e Lisboa, contavam com cerca de 200 mil habitantes.

No mundo rural podem ser destacadas as seguintes transformações entre o s séculos XV e XVI:
• O Declínio progressivo da servidão.
• O Pequeno crescimento das rendas agrárias em relação ao aumento das manufaturas ou no comércio. Com isso, os encargos impostos pela nobreza rural aos camponeses aumentara, de modo notável.
• A concentração da propriedade rural nas mãos das grandes famílias nobiliárquicas, com o passar do tempo consolidaram alguns de seis traços e instituições mais característicos, como os matrimônios endogâmicos e as primogenituras. A Pequena nobreza emigrou para as cidades.
• As revoltas camponesas, sobretudo no Sacro Império Romano-Germânico (Atual Alemanha), provocadas por tributos senhoreais, secas, pragas e anos de fome.
Manifestou-se nas cidades o desejo recíproco de unir, pelo matrimônio, as famílias burguesas e as da nobreza – classe burguesa. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais.
Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios.

A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução social" cuja base consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista". Com as revoluções liberais da Idade Moderna o capitalismo se estabeleceu como sistema econômico predominante, pela primeira vez na história, nos países da Europa Ocidental. Algumas dessas revoluções foram a Revolução Inglesa (1640-60, Hill 1940), a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965) e a Independência dos EUA, que construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento capitalista. Assim começou a era do capitalismo moderno.
História | Transição do Feudalismo para o Capitalismo 

Qual a diferença entre Socialismo e Capitalismo?


Fases do Capitalismo

Primeira Fase - Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo: Essa fase estende-se do século XVI ao XVIII, iniciando-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias. O acúmulo de riqueza era gerado através do comércio de especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu.
Segunda Fase - Capitalismo Industrial: Inicia-se com a Revolução Industrial. O acúmulo de riqueza provinha do comércio de produtos industrializados das fábricas européias. Enorme capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização cada vez mais de maquinas movidas a vapor, gerando uma grande produção onde a multiplicação dos lucros era cada vez maior.
Terceira Fase - Capitalismo Monopolista-Financeiro: Iniciada no século XX (após término da Segunda Guerra Mundial) e estendendo-se até os dias de hoje. Uma das conseqüências mais importantes do crescimento acelerado da economia Capitalista foi brutal processo de centralização dos capitais. Várias empresas surgiram e cresceram rapidamente: Indústrias, Bancos, Corretoras de Valores, Casas Comerciais e etc. A acirrada concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações que resultaram a parti dos fins do século XIX, na monopolização de muitos setores da economia.

Capitalismo: O mundo de hoje / Capitalism: Today's world


Revisão para o ENEM Evolução do Capitalismo Capitalismo Comercial, Industrial e Financeiro


Características do Capitalismo Comercial ou Mercantil

As principais características do capitalismo comercial são:
·         Surgimento da moeda como valor de troca
·         Produção de manufaturas
·         Divisão Internacional do Trabalho
·         Mercantilismo como sistema econômico
·         Balança comercial favorável (superavit)
·         Protecionismo (taxas alfandegárias)
·         Metalismo (acúmulo de metais preciosos)



Características do Capitalismo Industrial

As principais características do Capitalismo Industrial são:
·         Industrialização e desenvolvimento dos transportes
·         Nova forma de divisão social do trabalho
·         Trabalho assalariado
·         Liberalismo e livre-concorrência
·         Intensificação das relações comerciais internacionais
·         Surgimento da classe operária (proletariado) e dos sindicatos
·         Supremacia da burguesia industrial
·         Crescimento urbano e o desenvolvimento tecnológico
·         Transformação das manufaturas em produtos industrializados
·         Produção em larga escala
·         Aumento da produção de mercadorias e diminuição dos preços
·         Imperialismo e Globalização
·         Aumento da desigualdade social


Características do Capitalismo Financeiro

As principais características do capitalismo financeiro são:
·         Controle da economia pelos bancos e grandes corporações
·         Surgimento de empresas globais: transnacionais ou multinacionais
·         Aumento da concorrência internacional
·         Monopólio, oligopólio e crescimento econômico
·         Especulação e expansão do mercado financeiro
·         Produtos financeiros (ações, moedas, empréstimos, financiamentos, etc.)
·         Bolsa de Valores (negociação de capitais, ações e títulos financeiros)
·         Ampliação do mercado internacional e globalização da economia
·         Expansão da Globalização e do Imperialismo
·         Avanços tecnológicos (era das tecnologias da informação) e científicos
·         Revolução da comunicação e dos transportes
·         Cartel (acordo entre empresas), Truste (fusão de empresas dos mesmo ramo) e o Holding (empresa que controla as ações).


ANIMAÇÃO - HOMEM CAPITALISTA


Encontro do século - Smith e Marx (EJA)


Quem foi  Adam Smith

Adam Smith foi um importante filósofo e economista escocês do século XVIII. Nasceu na cidade escocesa de Kirkcaldy, em 5 de junho de 1723, e faleceu em Edimburgo no dia 17 de julho de 1790.

Teoria

Em plena época do Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção.

As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa.

A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.

 A Riqueza das Nações 

Sua principal obra foi A Riqueza das Nações escrita em 1776. Nesta obra Adam Smith buscou diferenciar a economia política da ciência política, a ética e a jurisprudência. Fez também duras críticas a política mercantilista e sua intervenção irrestrita na economia. Porém, a teoria principal defendida por Adam Smith nesta obra é a de que o desenvolvimento e o bem estar de uma nação advém do crescimento econômico e da divisão do trabalho. Esta última, garante a redução dos custos de produção e a queda dos preços das mercadorias. Defende também a livre concorrência econômica e a acumulação de capital como fonte para o desenvolvimento econômico.

Adam Smith - Breve Vida e Obra

QUEM FOI KARL MARX

Karl Marx foi um revolucionário, cientista social, que marcou a história política com suas ideias humanitárias. Ideias que buscaram promover uma distribuição de renda justa e equilibrada. Suas ideias influenciaram a chamada Revolução Socialista, movida pela metade da população mundial da época.
Nasceu em 5 de maio de 1818 em Trier, Renânia, província da Prússia. Vindo de uma família judaico-alemã, foi batizado em uma igreja protestante. Estudou quando criança em sua cidade natal e ao concluir entrou para a universidade de Bonn, onde participou da luta política estudantil. Tempo depois se transferiu para a universidade de Berlim. No geral cursou Filosofia, História e Direito.
Ainda durante seu tempo na faculdade, foi membro de uma sociedade criada em torno de um de seus professores, Bruno Bauer, de Teologia. Este considerava que os evangelhos eram narrativas fantásticas, criadas por necessidades psicológicas.
Em 1841 apresentou sua tese de doutorado onde nela continha uma análise das diferenças entre os sistemas filosóficos de Demócrito e de Epicuro, baseando-se na perspectiva Hegelina, que foi levada por sua posição política cada vez mais tendenciosa à esquerda republicana. Ainda neste período, Marx passou a integrar o jornal Rheinische Zeitung, onde pouco tempo depois passou a dirigi-lo.
Em 1843 casou-se com Jenny Von Westphalen e mudou-se junto a ela para Paris; lá logo tratou de contatar socialistas. Expulso da França, instalou-se em Bruxelas, onde fez uma consistente amizade com Friedrich Engels e junto a ele publicou obras, que na tradução chamam-se A sagrada família e A ideologia alemã. Mais tarde publicou o Manifesto comunista, também com colaboração de Engels.
Karl Marx participou de diversas organizações clandestinas com operários e após participar do movimento revolucionário de 1848 na Alemanha, mudou-se definitivamente para Londres. Lá publicou em 1852 O 18 Brumário De Luís Bonaparte, obra que faz uma análise de todo o golpe de estado de Napoleão III. Já em 1859 publicou Contribuição à crítica da economia política, e oito anos após este, foi a vez de publicar o primeiro volume de O capital, sua obra mais importante, cujo tema éeconomia, com abordagem sobre o sistema capitalista. Neste livro, aponta estudos sobre o acúmulo de capital e mostra que a classe dos capitalistas fica cada vez mais rica à custa dos operários, que cada vez mais empobrecem.
Marx ainda voltou à atividade política, mas algum tempo depois retirou-se para se dedicar integralmente à continuação de O capital. Karl Marx morreu no dia 14 de março de 1883 em Londres. Seus segundo e terceiro volumes foram somente em 1885 e 1894, respectivamente, por Engels.
"MARX" - O Pensamento de Karl Marx


Filosofia: Liberalismo, Neoliberalismo e Capitalismo Atual

Trabalho - Karl Marx

Alienação Karl Marx

O que é Capitalismo ? Entenda de forma divertida kkkkk



domingo, 30 de agosto de 2015

A Colonização Espanhola e Inglesa na América

A colonização inglesa na América do Norte

Introdução

A Inglaterra iniciou seu processo de expansão marítima no final do século XV, após a Guerra das Duas Rosas, com a ascensão da Dinastia Tudor, que deu início a formação do absolutismo e desenvolveu uma política mercantilista. No entanto, as expedições que a princípio pretendiam encontrar uma passagem para o Oriente, não tiveram resultados efetivos, seja pelos conflitos com a Espanha, ou com os povos indígenas na América do Norte.

A Inglaterra

No século XVII a Inglaterra vivia uma conjuntura favorável à colonização. O comércio havia dado origem a uma burguesia enriquecida e dotado o país de uma grande frota, pois no século anterior, principalmente do reinado de Elizabeth I, o mercantilismo havia se imposto, utilizando-se inclusive das atividades dos corsários; a Espanha, em decadência, não tinha condições de manter os territórios que julgava seus pelo Tratado de Tordesilhas. Do ponto de vista social, havia nas cidades inglesas uma grande massa de homens pobres, resultado do êxodo rural, provocado pelos "cercamentos" e outra camada de origem burguesa, porém que sofria com as perseguições religiosas. Parte desses dois grupos migraram para as colônias da América do Norte.

A Empresa Colonizadora
O início da colonização da América do norte pelos ingleses deu-se a partir da concessão real a duas empresas privadas: A Companhia de Londres, que passou a monopolizar a colonização das regiões mais ao norte, e a Companhia de Plymonth, que recebeu o monopólio dos territórios mais ao sul. Dessa maneira dizemos que a colonização foi realizada a partir da atuação da "iniciativa privada". Porém subordinadas as leis do Estado.
A primeira colônia inglesa foi a Virgínia, que nasceu a partir da fundação da cidade de Jamestown, mas a efetiva ocupação e desenvolvimento da região levaria algumas décadas, ao longo das quais foram estabelecidas outras colônias na região sul: Maryland (colônia católica, em 1632) Carolina Do Norte e Carolina do Sul (1663) e Geórgia (1733). Nessas colônias desenvolveu-se a estrutura tradicional de produção, caracterizada pelo latifúndio monocultor, voltado para a exportação segundo os interesses da metrópole, utilizando o trabalho escravo africano.

As Colônias do Norte têm sua origem na fundação da cidade de New Plymonth ( Massachussets) em 1620, pelos "peregrinos do mayflower", puritanos que fugiam da Inglaterra devido as perseguições religiosas e que estabeleceram um pacto, segundo o qual o governo e as leis seguiriam a vontade da maioria. A partir de NewPlymonth novos núcleos foram surgindo, vinculados a atividade pesqueira, ao cultivo em pequenas propriedades e ao comércio. No entanto a intolerancia religiosa determinou a migração para outras regiões e assim novas colônias foram fundadas: Rhode Island e Connecticut (1636) e New Hampshire (1638). Nessa região, denominada genericamente de "Nova Inglaterra" as colônias prosperaram principalmente devido ao comércio. Do ponto de vista da produção, a economia caracterizou-se pelo predomínio da pequena propriedade policultora, voltada aos interesses dos próprios colonos, utilizando-se o trabalho livre, assalariado ou a servidão temporária.

As Colônias do Centro foram as últimas a surgirem, após a Restauração da Monarquia inglesa em 1660. A ocupação da região ocorreu principalmente por refugiados religiosos e foi onde o pensamento liberal rapidamente enraizou-se, tanto do ponto de vista político como religioso. Nova Iorque, Pensilvânia, Nova Jérsei e Delaware desenvolveram tanto a agricultura em pequenas propriedades como a criação de animais, com uma produção diversificada e estrutura semelhante à da Nova Inglaterra.

A Organização Política

As 13 colônias eram completamente independentes entre si, estando cada uma delas subordinada diretamente à metrópole. Porém como a colonização ocorreu a partir da iniciativa privada, desenvolveu-se um elevado grau de autonomia político-administrativa, caracterizada principalmente pela idéia do auto-governo.
Cada colônia possuía um governador, nomeado, e que representava os interesses da metrópole, porém existia ainda um Conselho, formado pelos homens mais ricos que assessorava o governador e uma Assembléia Legislativa eleita, variando o critério de participação em cada colônia, responsável pela elaboração das leis locais e pela definição dos impostos.
Apesar dos governadores representarem os interesses da metrópole, a organização colonial tendeu a aumentar constantemente sua influência, reforçando a idéia de "direitos próprios".

O Desenvolvimento Econômico

As características climáticas contribuíram para a definição do modelo econômico de cada região, o clima tropical no sul e temperado no centro-norte. no entanto foi determinante o tipo de sociedade e de interesses existentes. Na região centro norte a colonização foi efetuada por um grupo caracterizado por homens que pretendiam permanecer na colônia (ideal de fixação), sendo alguns burgueses com capitais para investir, outros trabalhadores braçais, livres, caracterizando elementos do modelo capitalista, onde havia a preocupação do sustento da própria colônia, uma vez que havia grande dificuldade em comprar os produtos provenientes da Inglaterra.
A agricultura intensiva, a criação de gado e o comércio de peles, madeira, e peixe salgado, foram as principais atividades econômicas, sendo que desenvolveu-se ainda uma incipiente indústria de utensílios agrícolas e de armas. Em várias cidades litorâneas o comércio externo se desenvolveu, integrando-se às Antilhas, onde era obtido o rum, trocado posteriormente na África por escravos, que por sua vez eram vendidos nas colônias do sul: Assim nasceu o "Comércio Triangular", responsável pela formação de uma burguesia colonial e pela acumulação capitalista.

Fonte:



A Colonização Espanhola e Inglesa na América



EUA (Independência e Guerra de Secessão) - história



Colonização Inglesa e Independência dos EUA.



As Revoluções Americanas


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

SEQUENCIA DE ALGUNS VÍDEOS SOBRE A 1ª e 2ª GUERRAS MUNDIAL


Os segredos da 1ª Guerra Mundial

Os segredos da 1ª Guerra Mundial PARTE 2



Um pequeno video sobre a 1ª Guerra Mundial

Parte 2


Observatório da Imprensa relembra o início da Primeira Guerra Mundial filme de 52 minutos





2ª GUERRA MUNDIAL - 1939-1945




Documentário Redescobrindo a Segunda guerra mundial - Espisódio 1



Documentários da Segunda Guerra - Terceiro Reich - A Ascensão ao Poder


DOCUMENTÁRIO - BRASIL - FEB NA ITÁLIA


terça-feira, 7 de abril de 2015

HISTORIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL -

A história da educação no Brasil começou em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas, inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na cultura e civilização do país. Movidos por intenso sentimento religioso de propagação da fé cristã, durante  210 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem fundado inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas foi sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a oferecer modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.


Os Primeiros Tempos: A Educação pelos Jesuítas (1/2)

Os Primeiros Tempos: A Educação pelos Jesuítas (2/2)


Filme Anchieta, José do Brasil (1977)


Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme vazio que não foi preenchido nas décadas seguintes. As medidas tomadas pelo ministro D. José I, o Marquês de Pombal, sobretudo a instituição do Subsídio Literário, imposto criado para financiar o ensino primário, não surtiu nenhum efeito. Só no começo do século seguinte, em 1808, com a mudança da sede do Reino de Portugal e a vinda da família Real para o Brasil-Colônia, a educação e a cultura tomaram um novo impulso, com o surgimento de instituições culturais e científicas, de ensino técnico e dos primeiros cursos superiores, como os de medicina nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia.

A Reviravolta de Pombal: Nasce a Educação Laica (1/3)







Todavia, a obra educacional de D. João VI, importante em muitos aspectos, voltou-se para as necessidades imediatas da corte portuguesa no Brasil. As aulas e cursos criados, em diversos setores, tiveram o objetivo de preencher demandas de formação profissional. Esta característica haveria de ter uma enorme influência na evolução da educação superior brasileira. Acrescenta-se, ainda, que a política educacional de D. João VI, na medida em que procurou, de modo geral, concentrar-se nas demandas da corte, deu continuidade à marginalização do ensino primário.



D. João VI: Ensino Superior e Profissional (1/2)





Com a independência do país, conquistada em 1822, algumas mudanças no panorama sócio-político e econômico pareciam esboçar-se, inclusive em termos de política educacional. De fato, na Constituinte de 1823, pela primeira vez se associou apoio universal e educação popular - uma como base do outro. Também foi debatida a criação de universidades no Brasil, com várias propostas apresentadas. Como resultado desse movimento de idéias, surgiu o compromisso do Império, na Constituição de 1824, em assegurar "instrução primária e gratuita a todos os cidadãos", confirmado logo depois pela lei de 15 de outubro de 1827, que determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e vilarejos, envolvendo as três instâncias do Poder Público. Teria sido a "Lei Áurea" da educação básica, caso tivesse sido implementada.

 Educação no Brasil Imperial (resumo)




Da mesma forma, a idéia de fundação de universidades não prosperou, surgindo em seu lugar os cursos jurídicos em São Paulo e Olinda, em 1827, fortalecendo o sentido profissional e utilitário da política iniciada por D. João VI. Além disso, alguns anos depois da promulgação do Ato Adicional de 1834, delegando às províncias a prerrogativa de legislar sobre a educação primária, comprometeu em definitivo o futuro da educação básica, pois possibilitou que o governo central se afastasse da responsabilidade de assegurar educação elementar para todos. Assim, a ausência de um centro de unidade e ação, indispensável, diante das características de formação cultural e política do país, acabaria por comprometer a política imperial de educação.

No Império chega o Ensino Secundário (1/3)


No Império chega o Ensino Secundário (2/3)


No Império chega o Ensino Secundário (3/3)


A descentralização da educação básica, instituída em 1834, foi mantida pela República, impedindo o governo central de assumir posição estratégica de formulação e coordenação da política de universalização do ensino fundamental, a exemplo do que então se passava nas nações européias, nos Estados Unidos e no Japão. Em decorrência, se ampliaria ainda mais a distância entre as elites do País e as camadas sociais populares.



Na década de 1920, devido mesmo ao panorama econômico-cultural e político que se delineou após a Primeira Grande Guerra, o Brasil começou a se repensar. Em diversos setores sociais, as mudanças foram debatidas e anunciadas. O setor educacional participou do movimento de renovação. Inúmeras reformas do ensino primário foram feitas em âmbito estadual. Surgiu a primeira grande geração de educadores, Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Almeida Júnior, entre outros, que lideraram o movimento, tentaram implantar no Brasil os ideais da Escola Nova e divulgaram o Manifesto dos Pioneiros em 1932, documento histórico que sintetizou os pontos centrais desse movimento de idéias, redefinindo o papel do Estado em matéria educacional.

Os Pioneiros, Entusiastas da Educação Nova (1/2)




Surgiram nesse período as primeiras universidades brasileiras, do Rio de Janeiro em 1920, Minas Gerais em em 1927, Porto Alegre em em 1934 e Universidade de São Paulo em 1934. Esta última constituiu o primeiro projeto consistente de universidade no Brasil e deu início a uma trajetória cultural e científica sem precedentes.
A Constituição promulgada após a Revolução de 1930, em 1934, consignou avanços significativos na área educacional, incorporando muito do que havia sido debatido em anos anteriores. No entanto, em 1937, instaurou-se o Estado Novo concedendo ao país uma Constituição autoritária, registrando-se em decorrência um grande retrocesso. Após a queda do Estado Novo, em 1945, muitos dos ideais foram retomados e consubstanciados no Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, enviados ao Congresso Nacional em 1948 que, após difícil trajetória, foi finalmente aprovado em 1961, Lei nº 4.024.

A Educação na Era Vargas - Rupturas e Continuidades



No período que vai da queda do Estado Novo, em 1945, até a Revolução de 1964, quando se inaugurou um novo período autoritário, o sistema educacional brasileiro passou por mudanças significativas, destacando-se entre elas o surgimento, em 1951, da atual Fundação CAPES, que é a Coordenação do Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior, a instalação do Conselho Federal de Educação, em 1961, campanhas e movimentos de alfabetização de adultos, além da expansão do ensino primário e superior. Na fase que precedeu a aprovação da LDB/61, ocorreu um admirável movimento em defesa da escola pública, universal e gratuita.
A Educação Brasileira no Período Nacional-Desenvolvimentista (1945-1964)


O movimento de 1964 interrompeu essa tendência. Em 1969 e 1971, foram aprovadas respectivamente a Lei 5.540/68 e 5.692/71, introduzindo mudanças significativas na estrutura do ensino superior e do ensino de 1º e 2º graus, cujos diplomas vieram basicamente em ardor até os dias atuais.
As reformas educacionais no regime militar


A Constituição de 1988, promulgada após amplo movimento pela redemocratização do País, procurou introduzir inovações e compromissos, com destaque para a universalização do ensino fundamental e erradicação do analfabetismo.

LDB EDUCAÇÃO BÁSICA 1



Vídeo Produzido pela univesp,
Um Breve Histórico da Educação no Brasil



Linha do tempo da História da Educação no Brasil


Contexto histórico da LDB


Curso da História da Educação no Brasil DA INIVESP