HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL -
A história da
educação no Brasil começou em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas,
inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na cultura e
civilização do país. Movidos por intenso sentimento religioso de propagação da
fé cristã, durante 210 anos, os jesuítas
foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem fundado
inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas foi
sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de
colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a
oferecer modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.
Os Primeiros Tempos: A Educação pelos Jesuítas
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Os Primeiros Tempos: A Educação pelos Jesuítas
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Filme Anchieta, José do Brasil (1977)
Em 1759, os jesuítas
foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme vazio que não
foi preenchido nas décadas seguintes. As medidas tomadas pelo ministro D. José
I, o Marquês de Pombal, sobretudo a instituição do Subsídio Literário, imposto
criado para financiar o ensino primário, não surtiu nenhum efeito. Só no começo
do século seguinte, em 1808, com a mudança da sede do Reino de Portugal e a
vinda da família Real para o Brasil-Colônia, a educação e a cultura tomaram um
novo impulso, com o surgimento de instituições culturais e científicas, de
ensino técnico e dos primeiros cursos superiores, como os de medicina nos
estados do Rio de Janeiro e da Bahia.
A Reviravolta de Pombal: Nasce a Educação Laica
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Todavia, a obra educacional de D. João VI,
importante em muitos aspectos, voltou-se para as necessidades imediatas da
corte portuguesa no Brasil. As aulas e cursos criados, em diversos setores, tiveram
o objetivo de preencher demandas de formação profissional. Esta característica
haveria de ter uma enorme influência na evolução da educação superior
brasileira. Acrescenta-se, ainda, que a política educacional de D. João VI, na
medida em que procurou, de modo geral, concentrar-se nas demandas da corte, deu
continuidade à marginalização do ensino primário.
D. João VI: Ensino
Superior e Profissional (1/2)
Com a independência
do país, conquistada em 1822, algumas mudanças no panorama sócio-político e
econômico pareciam esboçar-se, inclusive em termos de política educacional. De
fato, na Constituinte de 1823, pela primeira vez se associou apoio universal e
educação popular - uma como base do outro. Também foi debatida a criação de
universidades no Brasil, com várias propostas apresentadas. Como resultado
desse movimento de idéias, surgiu o compromisso do Império, na Constituição de
1824, em assegurar "instrução primária e gratuita a todos os
cidadãos", confirmado logo depois pela lei de 15 de outubro de 1827, que
determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas
e vilarejos, envolvendo as três instâncias do Poder Público. Teria sido a
"Lei Áurea" da educação básica, caso tivesse sido implementada.
Educação no Brasil Imperial (resumo)
Da mesma forma, a
idéia de fundação de universidades não prosperou, surgindo em seu lugar os
cursos jurídicos em São Paulo e Olinda, em 1827, fortalecendo o sentido
profissional e utilitário da política iniciada por D. João VI. Além disso,
alguns anos depois da promulgação do Ato Adicional de 1834, delegando às
províncias a prerrogativa de legislar sobre a educação primária, comprometeu em
definitivo o futuro da educação básica, pois possibilitou que o governo central
se afastasse da responsabilidade de assegurar educação elementar para todos.
Assim, a ausência de um centro de unidade e ação, indispensável, diante das
características de formação cultural e política do país, acabaria por
comprometer a política imperial de educação.
No Império chega o Ensino Secundário (1/3)
No Império chega o Ensino Secundário (2/3)
No Império chega o Ensino Secundário (3/3)
A descentralização da
educação básica, instituída em 1834, foi mantida pela República, impedindo o
governo central de assumir posição estratégica de formulação e coordenação da
política de universalização do ensino fundamental, a exemplo do que então se
passava nas nações européias, nos Estados Unidos e no Japão. Em decorrência, se
ampliaria ainda mais a distância entre as elites do País e as camadas sociais
populares.
Na década de 1920, devido mesmo ao panorama econômico-cultural e político que se delineou após a Primeira Grande Guerra, o Brasil começou a se repensar. Em diversos setores sociais, as mudanças foram debatidas e anunciadas. O setor educacional participou do movimento de renovação. Inúmeras reformas do ensino primário foram feitas em âmbito estadual. Surgiu a primeira grande geração de educadores, Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Almeida Júnior, entre outros, que lideraram o movimento, tentaram implantar no Brasil os ideais da Escola Nova e divulgaram o Manifesto dos Pioneiros em 1932, documento histórico que sintetizou os pontos centrais desse movimento de idéias, redefinindo o papel do Estado em matéria educacional.
Os Pioneiros, Entusiastas da Educação Nova (1/2)
Surgiram nesse
período as primeiras universidades brasileiras, do Rio de Janeiro em 1920,
Minas Gerais em em 1927, Porto Alegre em em 1934 e Universidade de São Paulo em
1934. Esta última constituiu o primeiro projeto consistente de universidade no
Brasil e deu início a uma trajetória cultural e científica sem precedentes.
A Constituição promulgada após a Revolução de 1930, em 1934, consignou avanços significativos na área educacional, incorporando muito do que havia sido debatido em anos anteriores. No entanto, em 1937, instaurou-se o Estado Novo concedendo ao país uma Constituição autoritária, registrando-se em decorrência um grande retrocesso. Após a queda do Estado Novo, em 1945, muitos dos ideais foram retomados e consubstanciados no Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, enviados ao Congresso Nacional em 1948 que, após difícil trajetória, foi finalmente aprovado em 1961, Lei nº 4.024.
A Constituição promulgada após a Revolução de 1930, em 1934, consignou avanços significativos na área educacional, incorporando muito do que havia sido debatido em anos anteriores. No entanto, em 1937, instaurou-se o Estado Novo concedendo ao país uma Constituição autoritária, registrando-se em decorrência um grande retrocesso. Após a queda do Estado Novo, em 1945, muitos dos ideais foram retomados e consubstanciados no Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, enviados ao Congresso Nacional em 1948 que, após difícil trajetória, foi finalmente aprovado em 1961, Lei nº 4.024.
A Educação na Era Vargas - Rupturas e Continuidades
No período que vai da queda do Estado Novo, em
1945, até a Revolução de 1964, quando se inaugurou um novo período autoritário,
o sistema educacional brasileiro passou por mudanças significativas,
destacando-se entre elas o surgimento, em 1951, da atual Fundação CAPES, que é
a Coordenação do Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior, a instalação do
Conselho Federal de Educação, em 1961, campanhas e movimentos de alfabetização
de adultos, além da expansão do ensino primário e superior. Na fase que
precedeu a aprovação da LDB/61, ocorreu um admirável movimento em defesa da
escola pública, universal e gratuita.
A Educação Brasileira no Período Nacional-Desenvolvimentista (1945-1964)
O movimento de 1964
interrompeu essa tendência. Em 1969 e 1971, foram aprovadas respectivamente a
Lei 5.540/68 e 5.692/71, introduzindo mudanças significativas na estrutura do
ensino superior e do ensino de 1º e 2º graus, cujos diplomas vieram basicamente
em ardor até os dias atuais.
As reformas educacionais no regime militar
A Constituição de
1988, promulgada após amplo movimento pela redemocratização do País, procurou
introduzir inovações e compromissos, com destaque para a universalização do
ensino fundamental e erradicação do analfabetismo.
LDB EDUCAÇÃO BÁSICA 1
Vídeo Produzido pela univesp,
Um Breve Histórico da Educação no Brasil
Linha do tempo da História da Educação no Brasil
Contexto histórico da LDB
Curso da História da Educação no Brasil DA INIVESP