Para auxiliar o meu colega de profissão estou postando algumas questões interessantes do Docente. Um abraço....
Habilidades de ensino
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O artigo
em questão abordará o comportamento do professor frente à sala de aula e também
o seu desenvolvimento quando disposto em situações cara a cara com um estudante
ou um grupo de alunos. Dentre as habilidades necessárias a serem desenroladas
em uma classe estão: introdução, variação, questionamento, reforço e ilustração
com exemplos. Além destas cinco descritas acima, uma outra fundamental e que
pode – e deve – ser utilizada em conjunto com as anteriores é o olhar para o
aprendiz.
Quando se
diz respeito ao contato visual entre mestre e estudante, é bastante comum que o
primeiro, principalmente no início de sua carreira ou quando está sendo observado e
avaliado por seus colegas de profissão, fique nervoso e não consiga ver ninguém
a sua frente, segundo depoimentos encontrados no livro “Prática de Ensino: Os
Estágios na Formação do Professor”.
É
fundamental que o educador incentive seus educandos com olhares, que ao
responder algum questionamento de determinado estudante, o professor corra os
olhos por toda a classe, afinal, esta pode ser uma dúvida comum entre toda a
sala de aula ou pode ser a primeira de tantas outras perguntas que possam vir
daquele conteúdo. Além disso, a falta de contato visual com o grupo pode
causar, também, problemas disciplinares.
Um guia
que consta as habilidades necessárias ao olhar para o aluno questiona se o
professor olha para a classe: durante as explicações; quando escreve no quadro;
durante as pausa; quando está fazendo perguntas; depois destas; quando está
respondendo; quando está dando ordens. Sua pontuação é dividida em cinco níveis
numerados de 1 a 5 e sua instrução de uso orienta seguir a escala da seguinte
maneira:
- Nunca;
- Raramente;
- Somente para alguns alunos;
- Frequentemente para parte da
classe (alunos da frente, alunos do fundo ou os alunos de um dos lados);
- Frequentemente para toda a
classe.
Iniciando
o discurso sobre a habilidade de introdução, é de suma importância, ao
iniciar um novo conteúdo, fazer um levantamento do que os estudantes já sabem sobre tal, isto faz com
que se ganhe tempo e também com que se possa aprofundar no assunto, além de
pular – se for o caso – algumas etapas de sua apresentação.
De acordo
com Trott e Strongman (1979), esta aptidão pode ser divida em quatro
componentes: ganhando a atenção (uso da voz, gestos, audiovisual); motivando,
pois “o que mais desmotiva uma aula é a falta de interesse do próprio professor
para com o assunto que ele está ensinando” (p. 51); relacionando, o cotidiano
do aluno inserido no tema disposto, por exemplo, ou tópicos do assunto visto em
aula anteriormente; estruturando (objetivando, explicando a tarefa).
A
terceira habilidade é a de variação, ou seja, a participação do
professor, o estilo de interação educador-aluno e a pausa. Quanto ao
envolvimento do mestre com os estudantes, o fato do primeiro passear pela
classe, gesticular e variar o tom da fala pode concentrar a atenção do segundo
no conteúdo exposto. Já a respeito do estilo de interação educador-aluno,
pode-se frisar a relação do mediador com o restante da sala de aula, ou seja,
perguntas direcionadas para todos, voltada para determinado educando e, também,
aluno-aluno, no qual, entre eles, possa-se criar um debate. A pausa, citada no
início do parágrafo, é um outro ponto que o professor pode usar para captar a
atenção da classe.
A habilidade
de questionar é a que parece ser a mais difícil e complexa para o mestre
treinar e desenvolver. De acordo com Krasilchik (1980), “existem evidencias de
que o professor não faz, nem em número nem em nível, as perguntas necessárias
para promover o desenvolvimento dos processos mentais dos alunos.” p.54. Além
disto, perguntar aos estudantes, é uma maneira de o educador saber se a matéria
desenvolvida foi absorvida e compreendida por esses.
Os
questionamentos dentro de classe são classificados em: esclarecedores (as
perguntas que oportunizam um feedback ao professor do que já foi visto);
estimuladores (normalmente, são aquelas perguntas que são o pontapé para
outras, gerando a criatividade do aluno); e sem sentido (infelizmente, as que,
geralmente, não levam a lugar nenhum e, em vez de incentivar o estudante,
acabar por inibi-lo, um exemplo seria “Quem não entendeu?”). Esta última classe
de perguntas, as sem sentido, se treinadas para mudarem o foco, serviriam para
que os educandos possam recordar, compreender, aplicar, analisar, sintetizar e
avaliar.
A
penúltima habilidade abordada é a de reforço. Aceitar a opinião e ideia
dos alunos é essencial para o crescimento cognitivo destes e, consequentemente,
a sua participação. Porém, nem sempre, esta é a realidade encontrada nas
escolas. Sendo assim, o reforço pode ser dividido em dois, isto é, o reforço
positivo e o reforço negativo. O primeiro é quando o mestre elogia seus pupilos
e usa exemplos dados por eles. O segundo diz respeito às críticas feitas pelo
educador, tanto em relação ao comportamento dos estudantes, quanto à
participação intelectual.
Finalizando,
tem-se a habilidade de ilustrar com exemplos, que não deve ser apenas
exclusividade do professor; este pode e deve incentivar os estudantes a
exemplificar também durante as aulas. Quando estes exemplificam o conteúdo
abordado, é uma outra prova de que o entendimento é fato. Dentre tal habilidade
existem dois focos básicos, que são: indutivo – a partir de conceitos e
conexões entre estes e a explicação – e dedutivo – uso do cotidiano, adição dos
exemplos vindos dos estudantes como prova da compreensão do assunto abordado.
Bibliografia:
CARVALHO, Anna M. P. Prática de Ensino: os estágios na formação do professor. São Paulo. Pioneira.
CARVALHO, Anna M. P. Prática de Ensino: os estágios na formação do professor. São Paulo. Pioneira.
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